Será?

 

A tristeza mora comigo, fere como inimigo.

Enche meu peito de dor. Será que é dor de amor?

Entrego-me ao devaneio, ou fujo por outro meio?

Confunde-me o sentimento. Será que haverá lamento?

Fugir é luta perdida. Finjo não sentir nada?

E o temor de ser ferida? Correr fora da estrada?

Sentimento distorcido, duvidoso e sensitivo.

Impele forte, e então repele. Arrepio à flor da pele.

A incerteza me assola. Como visgo, vem e cola.

Meus olhos veem o vazio. Fixam longe num desvario.

Assola a minha alma. Ora inquietante, ora. acalma.

Quisera eu decidir meu destino. Com Sensatez e com tino.

Mas por ora, espreito o que vem, sem a certeza que me atem.

 


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